Do ponto de vista fisiológico, a morte é o
encerramento da atividade celular do corpo humano. Consequentemente os órgãos
vão parando de funcionar até que, finalmente o nosso corpo repousa. Quieto,imóvel... Ou seja, a morte é a ausência da vida.
Para
o Cristianismo a morte é apenas um processo, mais especificamente, o começo da
nossa Vida Eterna. Ou seja, essa nossa vida mundana é apenas de passagem, o que
devemos almejar é a Vida Eterna.
A
escatologia é o estudo do fim dos tempos, ou seja, o estudo do que acontece
conosco na vida eterna. Ela nos ensina
que , quando morremos, podemos ter três possíveis destinos: O Céu, o Inferno e
o Purgatório.
O
Céu é o destino que Deus quer e preparou para todos nós, porém é um estado de
tanta graça que, ao menos que consigamos ter uma vida de santidade na terra,
não estamos aptos a entrar assim que morremos.
Por
isso o destino mais comum das almas é o purgatório. Nesse estado é onde vamos
purificar nossa alma. Alguns santos místicos tiveram visões de como seria o
Purgatório, como por exemplo, Santa Faustina “Vi o Anjo da Guarda que me mandou
acompanhá-lo. Imediatamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e,
dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito
fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las. As
chamas que as queimavam não me tocavam. O meu Anjo da Guarda não se afastava de
mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior no
sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a
saudade de Deus.” As almas que se
purificam , sobem então, para o Céu.
Já
o inferno, é um estado onde ficam as almas que não quiseram se arrepender de
seus pecados e por nisso negaram a graça de Deus. Portanto o inferno é um lugar
desgraçado, ausente de graça. Uma vez estando no inferno, não há possibilidade
de uma alma subir ao purgatório ou ao Céu
É
importante ressaltar que o que nos leva a esses estados são nossas atitudes e
nosso próprio julgamento. Deus quer a salvação de todos, porém nem todos querem
a sua salvação.
Através
da Sagrada Escritura é entendido que nós não reencarnamos, ao contrário, quando
Jesus voltar, nós iremos todos ressuscitar. Ou seja, acreditamos na ressureição
e não na reencarnação. “Creio no Espirito
Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna”.
Mas
o que significa cada uma dessas coisas que professamos no Credo? Aqui vamos nos
atentar na Comunhão dos Santos, na Ressurreição da carne e na Vida Eterna.
A
Igreja não é só o físico que vemos. Na verdade ela é muito mais do que isso. Cristo
é a cabeça da Igreja e nós somos seus membros. E é essa Igreja que nos garante
que as almas que estão no Céu, podem interceder por nós junto a Cristo. E é por
isso que rezamos para os santos, para Nossa Senhora e para os anjos da
guarda. Isso é a comunhão dos santos.
Todos os santos estão em comunhão com todos nós. Claro que somente Deus tem o
poder, o que Nossa Senhora e os anjos e santos fazem, é uma intercessão,
semelhante ao que nossa mãe nos faz quando queremos pedir algo a nosso pai.
São Paulo em sua carta aos Romanos nos ensina que “Porque o salário do pecado é a morte” Rm 6, 23. Ora, se
Cristo morreu para nos salvar e nos redimir de nossos pecados, significa também
que Ele venceu a morte. Uma vez vencida a morte e o pecado, nós temos a certeza
de que com Ele teremos a Vida Eterna. E se teremos a Vida Eterna isso significa
que quando chegar o fim dos tempos e Jesus Cristo voltar, todos nós
ressuscitaremos. Não há espaço para a reencarnação, pois esta não garante uma
Vida Eterna.
Então,
irmãos, devemos entender que somos seres humanos, e como tal, sofremos muito
quando perdemos um ente querido. Somos muito apegados às coisas da terra e isso
nos atrapalha quando pensamos em morte. O nosso pensamento de não mais
reencontrar aquela pessoa com vida nos entristece muito, semelhante ao que
aconteceu com os apóstolos quando Cristo foi crucificado. Porém como Ele
próprio ressuscitou, todos nós também ressuscitaremos, quando for chegado o
dia.
Como
cristãos que somos, devemos entender então que o processo é doloroso, porém é
necessário para que alcancemos a Vida Eterna e consequentemente a Glória de
Deus.
É
necessário que morramos para o mundo para que vivamos para Cristo. Para a
glória eterna, pelo resto dos tempos, até o fim. Juntos. Com Deus.
Imaginem
o quão é bom o Paraíso, onde todos convivem juntos, os santos, anjos, e nós,
além de Deus! Lá não há sofrimento, desamor, iniquidades, ódio. Somente coisas
boas, pois “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram
ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.” 1 Co 2,9.
Ps: Vocês sabiam que esta música fala sobre a morte?
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