segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O Mito da Inquisição

             



   Certa vez, São João Paulo II disse o seguinte: “Na opinião do publico, a imagem da Inquisição representa praticamente o símbolo do escândalo. Até que ponto essa imagem é fiel à realidade?”.
Sabemos que uma das formas mais recorrentes que as pessoas usam para atacar a Igreja Católica é falando sobre a Inquisição. “Como uma igreja pode se dizer santa se matou tantas pessoas na idade média?”, “A igreja católica matou mais de 30 milhões de pessoas na inquisição”, “ A igreja é assassina”.  
Preparando se para o jubileu do ano 2000, o então Papa João Paulo II, se propôs a estudar a fundo e saber o que tinha se passado verdadeiramente na Inquisição. Para isso, ele abriu os Arquivos do Santo Ofício para 30 renomados historiadores, de várias crenças religiosas, e a conclusão que chegaram foi de que tudo o que aprendemos não passa de um mito.
Primeiramente devemos saber que a Inquisição na verdade não é um período e sim uma instituição. Durante todo o tempo, houveram  pelo menos 3 inquisições.  “A primeira foi criada em 1184 no sul da França como uma resposta à heresia cátara. Esta ficou conhecida como a Inquisição Medieval, e foi extinta assim que o Catarismo desapareceu. Bastante independente foi a Inquisição Romana, iniciada em 1542. Ela foi a menos ativa e mais benigna das três variantes. Independente novamente foi a infame Inquisição Espanhola, iniciada em 1478, uma instituição estatal utilizada para identificar conversos - judeus e mouros (muçulmanos) que fingiam se converter ao Cristianismo para fins de vantagem política ou social e, secretamente, praticavam a sua primeira religião. Mais importante ainda, seu trabalho também era o de limpar os bons nomes de muitas pessoas que foram falsamente acusadas de serem hereges. Foi a Inquisição Espanhola que, pelo menos no imaginário popular, teve o pior recorde de cumprir esses deveres.” [1].
Outro fato que é bom ser lembrado é que naquela época uma heresia era um crime contra o Estado. “O direito romano no Código de Justiniano tornou-a uma ofensa capital. Governantes, cuja autoridade se acreditava vir de Deus, não tinham paciência para os hereges. Nem as pessoas comuns, que os viam como foras-da-lei perigosos que trariam a ira divina. Quando alguém era acusado de heresia no início da Idade Média, eram trazidos ao senhor local para julgamento, como se tivessem roubado um porco”.[2]
Agora passemos aos fatos da Inquisição. Há um erro muito grande quando se diz que a Inquisição matou mais de 30 milhões de pessoas. Como seria possível que isso tivesse acontecido, sendo que a soma das populações dos países que tiveram inquisições, não chegam a esse número? E mais, nesse período a Europa foi acometida pela Peste Negra, que dizimou metade do continente. Seria possível então que a inquisição tenha matado a outra metade? A Europa tornou-se um continente fantasma?
Outro erro muito recorrente é dizer que a Igreja Católica matou milhões de pessoas. Ora, existem relatos de que, naquela época, as pessoas preferiam ser julgadas pelos tribunais eclesiásticos a tribunais seculares. Porque será? Isso se deve pelo fato dos tribunais eclesiásticos terem muito mais credibilidade de justiça do que os seculares. Isso se dá ao fato de que a Igreja julgava sim os casos que aconteciam, porém, sua conduta era a conduta que Cristo ensinou: de ser pastor de ovelhas e trazer as perdidas de volta ao redil.  Prova disso é que “Em 930 sentenças que o Inquisidor Bernardo Guy pronunciou em 15 anos, houve 139 absolvições, 132 penitências canônicas, 152 obrigações de peregrinações, 307 prisões e 42 “entregas ao braço secular“.[3]
Um exemplo claro de que o que os livros de história, colégios, professores e até universidades, ensinam errado é a história de Galileu Galilei. De acordo com a “história” Galileu foi excomungado por ter ensinado a teria do heliocentrismo, que não era aceita pela Igreja, pois esta acreditava na teoria geocentrista.  A verdade é que todo o clero já acreditava nessa teoria (a Igreja Católica foi a maior financiadora da ciência na história), mas o Papa pediu a Galileu para não mais ensinar isso, para poupa-lo de ridicularização de seus colegas, pois ele ainda não tinha provas o suficiente para comprovar isso.  Quando, porém ele obtivesse todas as provas, então estava liberado para ensinar a quem quisesse. Galileu não obedeceu ao Papa, então ele o “puniu”: Abjuração e recitação dos sete salmos penitenciais semanalmente, durante três anos. “Galileu não passou nem um minuto na prisão, nunca foi torturado, não lhe foi impedido encontrar colegas e religiosos (encontrá-lo-ão homens do calibre de Hobbes, Torricelli e Milton), de escrever, de estudar e de publicar”.[4] Além disso, “Galileu não se considerou nunca adversário da Igreja, como tenta nos convencer uma das maiores mentiras que já foram alimentadas. Ele conservou a fé católica até a morte, foi amigo por longo tempo de papas e cardeais – o cardeal Mafeus Barberini, depois eleito Papa com o nome de Urbano VIII, foi seu grande admirador – e por muitos religiosos foi protegido e encorajado nas suas pesquisas” e “Morreu com a bênção do Papa e recebendo a indulgência plenária, sinal de que a Igreja certamente não o considerava um adversário nem ele considerava a Igreja como tal”[5].
Passemos a alguns dados da Inquisição:
·         A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) e, destes, 1,7 (13) foram condenados em “contumácia”, ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou mortos que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos;
·         Dos 125.000 processos de sua historia [tribunais eclesiásticos], a Inquisição espanhola condenou a morte 59 “bruxas”. Na Itália. 36 e em Portugal 4;

Com todos esses dados, São João Paulo II constatou que os tribunais religiosos tinham sido muito mais brandos do que se diziam. Com isso, ele pediu perdão pelos males que os cristãos fizeram não pelo que a Igreja fez, uma vez que a nossa Igreja é SANTA e livre de pecado.
Portanto irmãos, não vos conformem com essa história de inquisição, igreja pecadora, assassina. A verdade é bem diferente!




[1] www.veritatis.com.br/apologetica/igreja-papado/9305-a-inquisicao-2
[2] http://ocatequista.com.br/archives/207
[3] AQUINO, Felipe. Para entender a Inquisição. 1 ed. Cleofas. Lorena. 2009, p. 23
[4]http://www.veritatis.com.br/apologetica/147-ciencia-e-fe/1499-novamente-o-caso-galileu
[5] http://www.veritatis.com.br/apologetica/147-ciencia-e-fe/1499-novamente-o-caso-galileu

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