Certa vez,
São João Paulo II disse o seguinte: “Na opinião do publico, a imagem da
Inquisição representa praticamente o símbolo do escândalo. Até que ponto essa
imagem é fiel à realidade?”.
Sabemos que uma das formas mais
recorrentes que as pessoas usam para atacar a Igreja Católica é falando sobre a
Inquisição. “Como uma igreja pode se dizer santa se matou tantas pessoas na
idade média?”, “A igreja católica matou mais de 30 milhões de pessoas na
inquisição”, “ A igreja é assassina”.
Preparando se para o jubileu do
ano 2000, o então Papa João Paulo II, se propôs a estudar a fundo e saber o que
tinha se passado verdadeiramente na Inquisição. Para isso, ele abriu os Arquivos
do Santo Ofício para 30 renomados historiadores, de várias crenças religiosas,
e a conclusão que chegaram foi de que tudo o que aprendemos não passa de um
mito.
Primeiramente devemos saber que a
Inquisição na verdade não é um período e sim uma instituição. Durante todo o
tempo, houveram pelo menos 3
inquisições. “A primeira foi criada em
1184 no sul da França como uma resposta à heresia cátara. Esta ficou conhecida
como a Inquisição Medieval, e foi extinta assim que o Catarismo desapareceu. Bastante
independente foi a Inquisição Romana, iniciada em 1542. Ela foi a menos ativa e
mais benigna das três variantes. Independente novamente foi a infame Inquisição
Espanhola, iniciada em 1478, uma instituição estatal utilizada para identificar
conversos - judeus e mouros (muçulmanos) que fingiam se converter ao
Cristianismo para fins de vantagem política ou social e, secretamente,
praticavam a sua primeira religião. Mais importante ainda, seu trabalho também
era o de limpar os bons nomes de muitas pessoas que foram falsamente acusadas
de serem hereges. Foi a Inquisição Espanhola que, pelo menos no imaginário
popular, teve o pior recorde de cumprir esses deveres.” [1].
Outro fato que é bom ser lembrado
é que naquela época uma heresia era um crime contra o Estado. “O direito romano
no Código de Justiniano tornou-a uma ofensa capital. Governantes, cuja
autoridade se acreditava vir de Deus, não tinham paciência para os hereges. Nem
as pessoas comuns, que os viam como foras-da-lei perigosos que trariam a ira
divina. Quando alguém era acusado de heresia no início da Idade Média, eram
trazidos ao senhor local para julgamento, como se tivessem roubado um porco”.[2]
Agora passemos aos fatos da Inquisição.
Há um erro muito grande quando se diz que a Inquisição matou mais de 30 milhões
de pessoas. Como seria possível que isso tivesse acontecido, sendo que a soma
das populações dos países que tiveram inquisições, não chegam a esse número? E
mais, nesse período a Europa foi acometida pela Peste Negra, que dizimou metade
do continente. Seria possível então que a inquisição tenha matado a outra
metade? A Europa tornou-se um continente fantasma?
Outro erro muito recorrente é
dizer que a Igreja Católica matou milhões de pessoas. Ora, existem relatos de
que, naquela época, as pessoas preferiam ser julgadas pelos tribunais
eclesiásticos a tribunais seculares. Porque será? Isso se deve pelo fato dos
tribunais eclesiásticos terem muito mais credibilidade de justiça do que os
seculares. Isso se dá ao fato de que a Igreja julgava sim os casos que
aconteciam, porém, sua conduta era a conduta que Cristo ensinou: de ser pastor
de ovelhas e trazer as perdidas de volta ao redil. Prova disso é que “Em 930 sentenças que o
Inquisidor Bernardo Guy pronunciou em 15 anos, houve 139 absolvições, 132
penitências canônicas, 152 obrigações de peregrinações, 307 prisões e 42
“entregas ao braço secular“.[3]
Um exemplo claro de que o que os
livros de história, colégios, professores e até universidades, ensinam errado é
a história de Galileu Galilei. De acordo com a “história” Galileu foi
excomungado por ter ensinado a teria do heliocentrismo, que não era aceita pela
Igreja, pois esta acreditava na teoria geocentrista. A verdade é que todo o clero já acreditava
nessa teoria (a Igreja Católica foi a maior financiadora da ciência na
história), mas o Papa pediu a Galileu para não mais ensinar isso, para poupa-lo
de ridicularização de seus colegas, pois ele ainda não tinha provas o
suficiente para comprovar isso. Quando,
porém ele obtivesse todas as provas, então estava liberado para ensinar a quem
quisesse. Galileu não obedeceu ao Papa, então ele o “puniu”: Abjuração e
recitação dos sete salmos penitenciais semanalmente, durante três anos. “Galileu
não passou nem um minuto na prisão, nunca foi torturado, não lhe foi impedido
encontrar colegas e religiosos (encontrá-lo-ão homens do calibre de Hobbes,
Torricelli e Milton), de escrever, de estudar e de publicar”.[4]
Além disso, “Galileu não se considerou nunca adversário da Igreja, como tenta
nos convencer uma das maiores mentiras que já foram alimentadas. Ele conservou
a fé católica até a morte, foi amigo por longo tempo de papas e cardeais – o
cardeal Mafeus Barberini, depois eleito Papa com o nome de Urbano VIII, foi seu
grande admirador – e por muitos religiosos foi protegido e encorajado nas suas
pesquisas” e “Morreu com a bênção do Papa e recebendo a indulgência plenária,
sinal de que a Igreja certamente não o considerava um adversário nem ele
considerava a Igreja como tal”[5].
Passemos a alguns dados da
Inquisição:
·
A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e
1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) e,
destes, 1,7 (13) foram condenados em “contumácia”, ou seja, pessoas de
paradeiro desconhecido ou mortos que em seu lugar se queimavam ou enforcavam
bonecos;
·
Dos 125.000 processos de sua historia [tribunais
eclesiásticos], a Inquisição espanhola condenou a morte 59 “bruxas”. Na Itália.
36 e em Portugal 4;
Com todos esses dados, São João Paulo II constatou que os
tribunais religiosos tinham sido muito mais brandos do que se diziam. Com isso,
ele pediu perdão pelos males que os cristãos fizeram não pelo que a Igreja fez,
uma vez que a nossa Igreja é SANTA e livre de pecado.
Portanto irmãos, não vos conformem com essa história de inquisição,
igreja pecadora, assassina. A verdade é bem diferente!
[1] www.veritatis.com.br/apologetica/igreja-papado/9305-a-inquisicao-2
[2] http://ocatequista.com.br/archives/207
[3] AQUINO,
Felipe. Para entender a Inquisição. 1 ed. Cleofas. Lorena. 2009, p. 23
[4]http://www.veritatis.com.br/apologetica/147-ciencia-e-fe/1499-novamente-o-caso-galileu
[5] http://www.veritatis.com.br/apologetica/147-ciencia-e-fe/1499-novamente-o-caso-galileu
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